Bahia

Tartarugas marinhas

Fundação Projeto Tamar promove ações educativas em Itacimirim

Ações visam conscientizar moradores e turistas sobre cuidados em praias de desova de tartarugas marinhas

Salvador |
Fundação Tamar realizou ações para conscientizar moradores e visitantes sobre áreas de desova de tartarugas marinhas - Claudia Correa

No último sábado (6), a Fundação Projeto Tamar realizou ações para a comunidade na Praia da Espera, em Itacimirim, Camaçari, Litoral Norte baiano. Pela manhã, foi feita uma exposição didática para orientar sobre as medidas de proteção aos ninhos de tartarugas nas praias da região. E, no final da tarde, uma caminhada de filhotes ao mar proporcionou um espetáculo que emocionou o público de moradores e turistas.

Durante a exposição foram distribuídas cartilhas informativas com recomendações para a proteção às tartarugas nas praias de desovas. O litoral norte baiano abriga um terço dos ninhos das tartarugas marinhas do Brasil. A iluminação artificial inadequada à beira mar, obras, eventos, veículos e animais soltos nas praias são ameaças para a conservação das tartarugas, que continuam ameaçadas de extinção.
 
Apesar da existência de leis que proíbem o uso de luzes a beira mar e tráfego de veículos em praias de desova, muitas irregularidades são verificadas, principalmente na alta estação do verão. A Fundação lembra que cabe aos órgãos reguladores a fiscalização dessas ocorrências nas áreas, e que a população pode participar fazendo denúncias ao identificar irregularidades.


Moradores e visitantes participaram da soltura de filhotes de tartarugas marinhas / Claudia Correa

 
A pesquisadora da Fundação, Giovanna Vilas Boas, chamou atenção para a participação da comunidade no apoio ao trabalho de conservação das tartarugas marinhas.

“A Fundação faz visitas preventivas para palestras em condomínios até em baixa temporada, mas, na alta estação há muita incidência de fotopoluição e tráfego de veículos. No Réveillon recebemos ligação informando que alguns filhotes de tartaruga estavam entrando em um condomínio devido à desorientação, atraídos pelas luzes. Nós orientamos, distribuímos material informativo, mostramos fotos dos efeitos da desorientação para sensibilizar as pessoas”, afirmou.


Iluminação artificial noturna é um dos problemas enfretados para conservação do habitat das tartarugas marinhas / Claudia Correa

Durante a exposição no stand da Fundação na Praia da Espera, a pesquisadora Adriana Cortez explicou ao público visitante sobre os tipos e hábitos das tartarugas, além dos cuidados para a proteção delas como a preservação da vegetação de restingas que servem de “cortina verde” contra as luzes das casas e a retirada de objetos na praia para evitar obstáculos durante a noite, quando os filhotes saem dos ninhos.

Para a caminhada dos filhotes foi realizado um isolamento do local para segurança dos animais. O trabalho de monitoramento dos ninhos nas praias é realizado durante todo o ano por um funcionário capacitado pela Fundação para essa função.

 

Edição: Gabriela Amorim