Bahia

Novembro Negro

Encontro debate segurança pública a partir de perspectiva das juventudes negras

Encontro de Juventudes Negras acontece de 23 a 25 no CEPAIA, em Salvador

Salvador |
Encontro de Juventudes Negras começa hoje (23) e segue até dia 25 em Salvador - Instituto Odara

De 23 e 25 de novembro, acontece o “Encontro de Juventudes Negras por um novo modelo de Segurança Pública: A gente combinamos de não morrer”, promovido pelo Odara – Instituto da Mulher Negra.

Além dos debates com pesquisadores e ativistas do campo da segurança pública, durante o encontro será lançado o Dossiê “Quem vai contar os corpos?”, que apresenta dados sobre as mortes de crianças como consequência de operações policiais na Bahia durante os últimos 13 anos.

De acordo com dados do Anuário da Violência, 76% das mortes perpetradas por agentes do Estado no Brasil em 2022 vitimaram jovens de 12 a 29 anos. Já o estudo “Violência armada e racismo: o papel da arma de fogo na desigualdade racial” (2021), desenvolvido pelo Instituto Sou da Paz, apontou que 61% das pessoas negras mortas em decorrência de disparos por arma de fogo eram jovens entre 15 e 29 anos.

O encontro está sendo realizado no âmbito do Projeto Minha Mãe Não Dorme Enquanto Eu Não Chegar, que atua com mulheres mães e familiares de vítimas da letalidade do Estado e com jovens entre 15 e 29 anos nas periferias de Salvador.

A primeira edição do encontro aconteceu em julho de 2022, abordando o debate da segurança pública a partir do olhar das mulheres negras que perderam suas filhas e filhos. Na segunda edição, a proposta é abordar essa discussão a partir das juventudes negras politicamente ativas que ocupam os territórios periféricos de Salvador e de outras cidades do Nordeste.

“É importante que façamos esse debate a partir dos jovens que estão vivos. Precisamos ouvir esses jovens sobre o que eles pensam que pode e deve ser feito no campo da segurança pública para que eles permaneçam vivos”, explica Gabriela Ramos, coordenadora do Minha Mãe Não Dorme.

A programação completa está disponível no link.

* Com informações do Instituto Odara

Edição: Gabriela Amorim