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Privatização

Em ação contra privatização da Bahiagás, Salvador terá GNV vendido a R$2,85

Contra a privatização da Bahiagás, o sindicato defende a importância da empresa para a economia da Bahia

Salvador |
Sindiquímica realiza ação de redução de preço do GNV em Salvador para chamar atenção para possível privatização da Bahiagás - Divulgação/Sindiquímica

Para chamar atenção da sociedade para a importância da Bahiagás para a economia da Bahia e para a renda dos baianos, o Sindiquímica realiza nesta quinta-feira (24) uma ação de redução do preço do gás natural veicular (GNV). Ele será vendido por apenas R$ 2,854 o metro cúbico para os primeiros 400 veículos que comparecerem ao posto Sogás, na Avenida General Graça Lessa, Ogunjá, em Salvador.

O gás, cujo preço na bomba é, em média, R$ 4,14, terá uma redução de mais de R$1,20 por metro cúbico. A expectativa é serem comercializados 4 mil metros cúbicos de GNV.

A ação integra o movimento dos trabalhadores da Bahiagás contra a privatização da empresa, que pode gerar o aumento no preço do GNV. A Bahia já paga uma das gasolinas mais caras do país por conta da privatização da Refinaria Landulpho Alves. O Sindiquímica alerta que, se a Bahiagás for entregue à iniciativa privada, a economia da Bahia será prejudicada, principalmente o setor industrial.  

O estado da Bahia é sócio majoritário e administra a empresa de economia mista, que é a maior distribuidora de gás natural do Nordeste e a segunda maior do Brasil. A Bahiagás possui 250 trabalhadoras e trabalhadores diretos e mais centenas de funcionários indiretos, envolvidos na cadeia de distribuição de gás canalizado para o setor industrial e de serviços.  

“A Bahiagás é dos baianos. Uma companhia que desempenha um papel crucial no desenvolvimento econômico e na infraestrutura energética do estado não pode sair do controle do estado. Não podemos perdê-la para privatização”, afirma Alfredo Santos, diretor do Sindiquímica e da CUT Bahia.

Recentemente, o governo da Bahia assinou um contrato com uma empresa privada para avaliar a viabilidade de venda de sua parte na Bahiagás. Os trabalhadores da empresa cobram uma demonstração de que o governo realmente não irá realizar a privatização, fazendo o imediato distrato deste contrato. Além disso, cobram a revogação da Lei Estadual nº 7.029 de 1997, que autoriza o Poder Executivo a promover a desestatização da Companhia.

“Nas últimas eleições, os brasileiros, e especialmente, os baianos, fizeram uma escolha por uma política de defesa do patrimônio nacional e do controle do estado em setores estratégicos, como gás e energia. Assim como o Governo Federal tem demonstrado o respeito à decisão das urnas, fortalecendo empresas como a Petrobras, o governo da Bahia deve demonstrar esse alinhamento. Privatizar a Bahiagás é trair os baianos”, reforça Alfredo Santos.

Edição: Gabriela Amorim