O PT e o PSOL do Rio Grande do Sul se manifestaram a respeito do segundo turno das eleições, nesta segunda-feira (10). Os partidos orientam a militância e apoiadores a focar na eleição de Lula (PT), candidatura que representa compromisso com a democracia em âmbito nacional, e a não dar “nenhum voto” a Onyx Lorenzoni (PL), na alçada estadual.
No primeiro turno da eleição estadual, com o candidato a governador Edegar Pretto (PT) e a vice Pedro Ruas (PSOL), os partidos não foram ao segundo turno por uma diferença de 2.441 votos (0,04%) de Eduardo Leite (PSDB), ficando em terceiro lugar com 26,77% dos votos válidos.
O PT-RS destaca sua posição levando em conta um cenário estadual “em que de um lado há um candidato que representa o extremismo de direita, e de outro uma candidatura que não assume lado na disputa nacional optando pela 'neutralidade'”, com alusão a Leite, que não é citado nominalmente no texto.
Lula ganhou apoio de lideranças tucanas pelo país, enquanto o PSDB liberou os diretórios estaduais para definirem suas posições. No RS, Leite depende dos votos dados a Pretto e Ruas no primeiro turno para ter chances de vencer Onyx. Contudo, o candidato anunciou neutralidade na corrida presidencial, o que impediu maior diálogo com os partidos da esquerda.
Dessa forma, a nota do PT orienta representações do partido a continuarem com “o diálogo com as lideranças locais dos partidos que apoiaram as candidaturas de Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT) para formarmos uma grande frente em defesa da Democracia”. Também “o combate sem tréguas ao Bolsonarismo no Brasil e no Rio Grande através dos seus representantes. Portanto, Nenhum voto a Ônyx!”.
O PSOL-RS defende “Nenhum voto em Onyx, derrotar Bolsonaro e o bolsonarismo com Lula presidente”, liberando sua militância para exercer seu voto “nos marcos desta resolução”. A nota destaca que deputada estadual Luciana Genro, presidente do partido no estado, frisou que o PSOL será oposição ao próximo governo gaúcho, seja ele liderado por Onyx Lorenzoni ou por Eduardo Leite. “Vamos enfrentar a agenda econômica liberal que retira direitos dos servidores, desmonta os serviços públicos e privatiza o patrimônio do estado”, disse.
Na avaliação de dirigentes do PSOL, uma vitória de Lula também serviria “para frear a agenda autoritária e conservadora de Onyx, caso o ex-ministro se consagre vitorioso no segundo turno”. Dessa forma, reforça a tarefa de eleger Lula “para derrotar Bolsonaro e poder seguir a luta contra o bolsonarismo em melhores condições”.
Ato pluripartidário em apoio a chapa Lula e Alckmin
O PSOL afirma que estará nas ruas até o dia 30 empenhado “nesta grande mobilização”. Por sua vez, o PT “convoca todas as lideranças sociais e partidárias comprometidas com a democracia para que participem do ato pluripartidário em apoio a chapa Lula e Alckmin”.
O ato em questão será realizado nesta quinta-feira (13), às 19h, na sede da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Instituições Financeiras do RS (FETRAFI-RS), localizada na rua Cel. Fernando Machado, 820, Centro Histórico de Porto Alegre.
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Edição: Marcelo Ferreira