Rio Grande do Sul

Mobilização

Ato "Pelas Liberdades Democráticas, em Defesa do Serviço Público" foi realizado em Porto Alegre

Encerramento de Congresso Nacional do ANDES-SN contou com mobilização pelas ruas da Capital

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Ato reuniu cerca de 2 mil manifestantes - Foto: Lázaro Mendes (Imprensa ANDES-SN)

Cerca de 2 mil pessoas participaram do ato "Pelas Liberdades Democráticas, em Defesa do Serviço Público", realizado nesta sexta-feira (1) em Porto Alegre. A manifestação foi organizada por diversas entidades sindicais e movimentos estudantis, marcando o encerramento do 40º Congresso do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN), que ocorreu na capital gaúcha. Além do ANDES-SN e das suas seções sindicais, participaram da organização a Frente dos Servidores Públicos do Rio Grande do Sul e o Fórum pelos Direitos e Liberdades Democráticas

Pela manhã, os professores que estiveram no Congresso ao longo da semana, e demais participantes, se reuniram em frente ao prédio do Instituto Estadual de Educação (IE). Dali, seguiram em caminhada até o Palácio Piratini. Em frente ao Palácio e da Assembleia Legislativa do RS, os manifestantes fizeram falas contra o agora ex-governador gaúcho Eduardo Leite (PSDB) e parlamentares estaduais que atuam contra a valorização dos serviços públicos.


A manifestação, organizada por diversas entidades sindicais e movimentos estudantis, marcou o encerramento do 40º Congresso do ANDES-SN / Foto: Lázaro Mendes (Imprensa ANDES-SN)

Milton Pinheiro, presidente do ANDES-SN em exercício, destacou a importância da luta das servidoras e servidores públicos do estado e também da mobilização do funcionalismo federal, por reposição salarial, em defesa da universidade pública e da Ciência, e contra o obscurantismo e negacionismo que, segundo ele, têm atacado o povo brasileiro.

“Estamos aqui em frente ao poder que durante muitos anos tem atacado os interesses da classe trabalhadora. Mas assim como resistimos à ditadura militar, nós resistiremos a esses governos. O ANDES-SN esteve durante essa semana no seu 40º Congresso, que definiu pautas importantes em defesa da educação, do serviço público, da qualidade de vida da população brasileira, contra a fome, a miséria e a carestia, contra o desemprego e por um projeto da nossa classe”, disse.

Patrick Veiga, representante do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFRGS, ressaltou a importância da data do 1º de abril para a história de luta do país, que marca a luta contra "uma ditadura que se recusa a morrer, através do seu legado vivo e violento, e que é defendida pelo presidente do país, Jair Bolsonaro, um genocida".

Para o estudante, a vontade de Bolsonaro é restringir as liberdades democráticas, expurgar professores, fechar o parlamento e STF. "Essa era a vontade dele, mas foi barrada pelas mobilizações realizadas em 2019, com o ‘Tsunami da Educação’ e pelo ‘Fora Bolsonaro’. E é com essa unidade que vamos barrar os ataques das reformas, da EC 95, da PEC 32. É preciso muita luta, muita unidade para derrotar Bolsonaro e o seu projeto neoliberal”, disse.

Para Cesar Beras, 1º secretário da Regional Rio Grande do Sul do ANDES-SN, o governo Bolsonaro representa o machismo, o racismo e o negacionismo. “A nossa pauta é por reposição salarial e ela encarna a necessidade de termos outro projeto que não é do capital, do mercado, mas que afirma a nossa condição humana”, pontuou.

Na avaliação de Fabiano Zalazar, coordenador-geral do Sindicato dos Servidores da Justiça do Estado do RS (Sindjus RS) e um dos representantes da Frente dos Servidores Públicos do Estado do RS, é fundamental a unidade entre as servidoras e os servidores públicos das três esferas e de toda a classe trabalhadora.

“Neste momento é a pauta salarial que nos une, antes foi a luta contra a PEC da reforma administrativa. A luta da classe trabalhadora é uma só. Nós temos que ter a consciência de que a unidade é fundamental nesse momento de ataques protofascistas, que vêm retirando direitos da classe trabalhadora, destruindo os direitos sociais e acabando com a educação”, afirmou.

Zalazar ainda reconheceu o esforço do ANDES-SN na convocação do ato e das demais categorias de trabalhadoras e trabalhadores da justiça, que se uniram a mobilização.


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Edição: Marcelo Ferreira