Minas Gerais

8 DE MARÇO

Em Belo Horizonte, Mães de Luta fazem ação no Taquaril e Morro das Pedras

Coletivo foca em denunciar a violência contra a mulher nestes territórios, acometidos por alto índice de letalidade

Belo Horizonte (MG) | Brasil de Fato MG |
Neste Dia Internacional de Luta das Mulheres, a violência de gênero será a principal denúncia - Foto: Reprodução Mães de Luta

A Rede Mães de Luta, coletivo que abrange cerca de 30 coletivos de mulheres de Minas Gerais e outros estados, atuará em atividades nos bairros Taquaril e Morro das Pedras, em Belo Horizonte. Neste Dia Internacional de Luta das Mulheres, a violência de gênero será a principal denúncia.

Mães com filhos assassinados em ações policiais formam o coletivo Mães de Maio

No Taquaril, região Leste de BH, a “Manifestação Contra a Violência de Gênero do Circuito Girassol” foi realizada às 10h, na Praça Che Guevara. A ação foi organizada pelo Circuito Girassol, coletivo que integra a rede.

O Circuito Girassol nasceu em 2021, frente à necessidade de enfrentar a violência contra a mulher e o feminicídio no território, que tem um dos maiores índices de vulnerabilidade à violência e à letalidade de BH.

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Já no Morro das Pedras, oeste de BH, a Casa Acolher oferece um dia de atividades gratuitas voltadas ao bem-estar e apoio, voltadas aos desafios da mulher no dia-a-dia pessoal, familiar e comunitário. O evento é promovido pelo Projeto Romper, iniciativa em curso desde 2013.

Mães participam do ato em BH

Mães cujos filhos foram assassinados em ações policiais ou no sistema carcerário em Minas Gerais vêm sendo mobilizadas, desde 2019, pelo coletivo Mães de Maio MG. Elas participam hoje (8) da manifestação na Praça da Liberdade, às 16h30, onde levarão suas bandeiras de luta:  “Rede Mães de Luta”, “Juventude Negra Viva”, “Parem de Nos Matar”, “Indignação” e “Resistência”.

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O movimento Mães de Maio nasceu em 2006, na Baixada Santista (SP), a partir da luta de mães que perderam seus filhos nos Crimes de Maio: uma chacina, realizada por policiais e grupos paramilitares de extermínio, na qual foram mortas quase 500 pessoas.

Edição: Elis Almeida