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Semana da Consciência Negra terá debate, samba e feijoada no Armazém do Campo RJ

Programação faz parte da reabertura cultural do casarão cor-de-rosa localizado no coração da Lapa

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
No Sábado (20), o Armazém do Campo RJ vai preparar uma feijoada com alimentos da reforma agrária e opção vegetariana a R$35 - Pablo Vergara

Na semana da Consciência Negra, o Armazém do Campo, localizado no coração da Lapa, no Rio de Janeiro, terá uma programação especial com samba, chorinho e feijoada voltada para as comemorações e reflexões que acompanham a data. 

A democratização do acesso à justiça para a população negra, LGBTQIA+ e sem terra será tema de uma roda de conversa nesta quinta-feira (18), às 18h, com o procurador do Ministério Público Federal (MPF) Julio Araujo.

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“Debater a democracia do poder judiciário e do Ministério Público é debater uma justiça que não seja tão distante da realidade da classe trabalhadora e nem instrumento de criminalização! Queremos um sistema de justiça que dialogue com movimentos sociais que lutam pelos direitos humanos”, diz o texto publicado nas redes sociais do Armazém do Campo.

O espaço de comercialização de alimentos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) estava com as atividades presenciais suspensas desde o início da pandemia.

Dando sequência à reabertura cultural do Armazém do Campo RJ, o grupo Regional Subindo a Serra vai ocupar a calçada em frente ao casarão cor-de-rosa na Avenida Mem de Sá, nº 135, para uma apresentação de chorinho na sexta-feira (19), às 17h.

Já no sábado (20), Dia da Consciência Negra, a comemoração fica por conta do grupo de samba Bebadafonte. A partir das 13h, a feijoada popular, com opção vegetariana, será oferecida a R$ 35.

A refeição comemorativa será preparada com alimentos da reforma agrária, como o feijão agroecológico Karucango, produzido por famílias assentadas em Macaé (RJ), o arroz Terra Livre, cooperativa do MST no Rio Grande do Sul, e a couve do coletivo Alaíde Reis, responsável pela produção de alimentos saudáveis dos assentamentos e acampamentos do MST no Sul Fluminense.

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O debate “Por que precisamos falar em democratizar o judiciário?” nesta quinta (18) vai contar com a participação de Eliene Vieira, da Frente Estadual pelo Desencarceramento RJ; Maria do Carmo, do Movimento Unido dos Camelôs (Muca); Thais Paz, do Coletivo LGBT Sem-Terra (MST); Rosineide Freitas, da Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior (Andes/Uerj); e o juiz do Tribunal de Justiça (TJ-RJ) Rubens Casara.

No evento também haverá o lançamento do livro “Ministério Público e movimentos sociais: encontros e desencontros”, de autoria do procurador Julio Araujo, publicado pela Editora Progresso, e à venda no Armazém do Campo RJ.

Edição: Clívia Mesquita