Rio de Janeiro

MEMÓRIA

Sindicalista carioca Lígia Deslandes morre vítima da covid-19

Lígia tinha vasta experiência na luta sindical e atuava como secretária-geral da Central Única dos Trabalhadores do Rio

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
A sindicalista foi a primeira mulher a assumir a presidência do Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Minérios e Derivados de Petróleo (SITRAMICO-RJ) - Foto: Reprodução

O movimento sindical do Rio de Janeiro perdeu nesta quinta-feira (22), vítima da covid-19, Lígia Deslandes. A sindicalista foi a primeira mulher a assumir a presidência do Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Minérios e Derivados de Petróleo (Sitramico-RJ), em 2012. Foi reeleita em 2015 para o cargo e atualmente exercia a função de diretora Relações Sindicais e Institucionais da entidade.

Lígia também era secretária-geral da Central Única dos Trabalhadores do Rio de Janeiro (CUT-RJ). Por meio de nota, a CUT lamentou a morte da pedagoga e lembrou da sua trajetória em defesa dos direitos sociais.

“Além da dor imensa para todos nós, companheiros e companheiras de jornada, Lígia deixa também um exemplo de luta aguerrida, de indignação contra a injustiça social, contra o golpe sofrido pelo país e o desgoverno que está sendo o responsável por tantas vidas perdidas”, destacou o documento.

De 2015 a 2019, Lígia atuou também na direção da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços (CONTRACS). 

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Além da experiência como sindicalista, Lígia também construiu a sua trajetória na academia. Fez mestrado em Educação pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e se especializou na área de Direitos Humanos e Mediação de Conflitos pelo Instituto de Tecnologia Social do Brasil. Ela lecionou no curso de pós-graduação em gestão de Recursos Humanos, na disciplina Relações no Trabalho e Sindicalismo na Universidade Veiga de Almeida (UVA).

Ainda publicou o livro "Operários do Petróleo - Suas Vidas, Seu Cotidiano" (Editora Compactos, 2017) e participou como coautora de outros dois títulos: "Um Ano de Golpe" (Editora Compactos, 2017) e "Lula" (Editora Compactos, 2017).
 

Edição: Mariana Pitasse