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JUVENTUDE

Artigo | É hora de abraçar a vacina e o funk

“Vai com o Bumbum tantã, mexe o bumbum tantã, viva o Butantan. Viva o SUS!”

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Início de janeiro “Bum Bum Tam Tam” se tornou a música oficial da vacinação, pelo fácil trocadilho com Butantan - Divulgação - Canal KondZilla

Após o anuncio da eficácia da vacina do Instituto Butantan, os “memes” começaram a surgir com a comemoração da notícia acompanhada da música “Bum Bum Tam Tam” do Mc Fioti. A música, que está entre um dos trinta vídeos mais reproduzidos no YouTube no mundo, com mais de um bilhão e meio de visualizações, começou a ser associada à vacina do Butantan. Mas apesar das comemorações pelo anúncio da eficácia da vacina, ainda temos no Brasil o desafio de nos conscientizar e o funk é um dos aliados nessa tarefa.

Na busca por salvar vidas, MC Fioti faz a união do funk com a ciência na nova versão de sua própria música. Os enredos dos videoclipes (original e a versão “vacina Butantan”) se conectam com esse objetivo. Depois do clipe original, onde tem direito a um pedido para o gênio da lâmpada (e pede a flauta envolvente que inspira a música e que lhe rende sucesso global), MC Fioti usa seus outros dois pedidos sabiamente e pede a cura para o coronavírus e paz, amor e saúde para a humanidade.

Como gênero musical e também movimento cultural, o funk já é tão popular quanto o sertanejo, e é responsável por salvar vidas de jovens da periferia que encontram na música a possibilidade de sair da pobreza e de terem suas vozes ouvidas. Perguntado sobre o preconceito que o funk sofre em entrevista à BBC, MC Fioti diz “Peço que as pessoas comecem a abraçar nosso estilo porque isto é uma cultura nossa (...) vamo (sic) começar a valorizar nossas culturas brasileiras, é nosso!”.

O videoclipe atingiu a marca de 5 milhões de visualizações em 72 horas após o lançamento. Assista:





Letícia Archanjo Freitas
Militante do Levante Popular da Juventude e pesquisadora na área de educação.

Edição: Lucas Botelho