Bahia

SEGUNDO TURNO

Feira de Santana e Vitória da Conquista decidem prefeitos no próximo domingo

Conheça as propostas dos candidatos do PT e MDB que disputam a prefeitura das duas cidades

Brasil de Fato | Salvador (BA) |
Em Feira e em Conquista o confronto nas urnas será entre candidatos do PT e do MDB. - Fernando Frazão/Agência Brasil

Eleitores de duas das três maiores cidades da Bahia – Feira de Santana e Vitória da Conquista – enfrentarão o segundo turno das eleições para prefeito no próximo domingo (29). O segundo turno acontece em cidades com mais de 200 mil eleitores, em que nenhum candidato obtenha a maioria absoluta (mais da metade) dos votos. A capital Salvador decidiu o pleito elegendo Bruno Reis com 64,2% dos votos, ainda no primeiro turno.

Nas duas cidades, o confronto será entre um candidato do Partido dos Trabalhadores (PT), sigla do governador Rui Costa, e um do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), da base de apoio de ACM Neto (DEM), atual prefeito de Salvador e possível candidato ao governo do estado em 2022. Analistas afirmam que o cenário ainda está em aberto nos dois municípios, com empate técnico em pesquisas de opinião e grande número de indecisos.

Em Feira, o deputado federal Zé Neto (PT) alcançou 41,55% dos votos válidos (que excluem votos brancos e nulos). Já Colbert Martins (MDB), atual prefeito, obteve 38,18%. Em Vitória da Conquista, o deputado estadual Zé Raimundo (PT) chegou, no primeiro turno, a 47,63% dos votos válidos e também enfrenta o atual ocupante do cargo, o prefeito Herzem Gusmão (MDB), que teve 45,89%. As abstenções chegaram a 19,11% do total de eleitores em Feira e 18,87% em Conquista.

Diante do alto número de abstenções e também de indecisos, os candidatos seguem firmes na campanha para disputar os eleitores, voto a voto. Confira alguns pontos de seus planos de governo.

O que propõem os candidatos de Feira de Santana
O candidato Colbert Martins menciona em seu plano de governo os desafios da recuperação da economia e do restabelecimento pleno das relações humanas no pós-pandemia. O documento propõe a valorização dos servidores da área da saúde e educação e, entre as medidas para melhorar a segurança, prevê a criação do observatório da segurança pública com participação das universidades e faculdades no diagnóstico da violência na Região Metropolitana de Feira de Santana. O candidato também destaca planos para a mobilidade urbana, com a melhoria da frequência dos ônibus, frota urbana sustentável (com menor emissão de poluentes) e construção de 50 km de ciclovias.

O plano da coligação de Zé Neto ressalta sua construção coletiva, junto a lideranças em diálogo com a sociedade. O candidato propõe criar eixos e corredores de mobilidade nas avenidas e principais vias dos bairros e políticas de priorização do sistema de transporte público. Na saúde, uma das propostas é construir o Hospital Municipal de Feira de Santana. O documento também prevê implementação de plano municipal de atenção à saúde da população negra e medidas de igualdade racial, como a integração do município à Rede Estadual de Combate ao Racismo e ao Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial.

Planos para Vitória da Conquista
Herzem Gusmão pretende promover a racionalização dos processos internos da prefeitura e manter o equilíbrio das contas públicas municipais. Afirma ainda que vai consolidar a implantação da Guarda Civil Municipal e promover melhorias da estrutura física das Unidades de Saúde, garantindo atendimento de qualidade a toda a população. Seu plano de governo indica ainda políticas específicas para as mulheres, para a comunidade LGBT, com a criação de um conselho municipal, e pela igualdade racial.

O plano de governo de Zé Raimundo prevê articulações com os governos federal e estadual para o início da duplicação da BR-116, em especial nos trechos entre a divisa de Minas Gerais e Jequié, e a conclusão da construção da Avenida Perimetral. O documento propõe a construção de um Plano Municipal de Mobilidade Urbana, de forma participativa. Para a área da saúde, o atual deputado afirma que ampliará a cobertura da atenção básica e incluirá nas áreas georreferenciadas o atendimento descentralizado de especialidades médicas.

Edição: Jamile Araújo