Paraná

JUVENTUDE

COLUNA I Juventude que luta por vida*

''Embora arriscado, sair às ruas foi um acerto''

Curitiba (PR) |
Coluna desta semana fala do papel da juventude nas últimas mobilizações no Brasil e no Mundo - Diagramação: Vanda Morais I Foto: Divulgação

No primeiro domingo de junho, as ruas, até então ocupadas por bolsonaristas, passam por uma reviravolta e são tomadas por jovens ativistas, militantes e torcidas organizadas. Com pautas antirracistas e antifascistas, denunciamos a violência policial, desaprovamos o governo e mostramos que, embora arriscado, sair às ruas foi um acerto.

De forma organizada os jovens expressaram a preocupação e o entendimento das contradições da realidade e gritaram que não aguentam mais o show de horrores da política genocida brasileira. No Brasil, a polícia mata cinco vezes mais que a dos EUA, sendo a maioria jovens negros. Esta força autoritária foi demonstrada nos cercos feitos pela PM em atos de diversas cidades. Precisamos lembrar que aqui o negro não ficou livre com a canetada da princesa Isabel (lei Áurea).

O que essa História nos conta é que, sem falar sobre racismo, seguiremos distantes de uma democracia social e reféns do sistema. E o que essa juventude nos conta é que estamos em busca de um Projeto Popular, que nos considere vidas importantes.

Anna Keil,
é militante do Levante Popular da Juventude e secretária-geral da União Paranaense dos Estudantes (UPE)

Fernan Silva,
é militante do Levante Popular da Juventude e estudante de Ciências Sociais

Edição: Gabriel Carriconde