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Pibinho: economia brasileira volta ao patamar de 2013

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O não crescimento da economia significa a não geração de empregos, falta de recursos para aplicar nas áreas sociais, o enxugamento de programas sociais importantes - Valter Campanato / Agência Brasil
Em 2017 e 2018 o crescimento da nossa economia girou em torno de 1,3% e ano passado um pífio 1,1%

Na última terça-feira (4)  foi divulgado o resultado definitivo da evolução econômica do Brasil no ano de 2019. Ou seja, no primeiro ano do governo de Jair Bolsonaro (sem partido).

E a projeção inicial, não só do governo, mas de empresários e da imprensa que torce muito - não digo pelo governo Bolsonaro, mas pela aprovação do conjunto de reformas que ele apresenta à população brasileira -  girava em torno de 2,5 a 3%.

Pois bem, o resultado apresentado foi que houve um pífio crescimento de somente 1,1%, inferior ao crescimento da economia nos dois anos anteriores, do governo Temer, que foi muito pequeno, mas superior ao de 2019.

Ou seja, em 2017 e 2018 o crescimento da nossa economia girou em torno de 1,3% e ano passado, primeiro ano de Bolsonaro, 1,1%. 

O que significa dizer que a nossa economia volta ao patamar de 2013. Só que nós estamos agora em 2020. Isso é extremamente negativo porque o não crescimento da economia significa a não geração de empregos, falta de recursos para aplicar nas áreas sociais, o enxugamento de programas sociais importantes, como o Bolsa Família, os recursos da educação, os recursos da saúde e da segurança que diminuem significativamente.

Ou seja, aquilo que todos nós avaliamos e que os economistas avaliam. Que não há como essa política econômica neoliberal e de retração de Guedes, tirar o Brasil da crise, pelo contrário. O que eles estão fazendo é exatamente tirando recursos da roda que faz com que a economia gire no país, diminuindo salários, tirando dinheiro dos aposentados. É isso o que eles estão fazendo. 

E não há como, dessa forma, recuperarmos a política econômica. Agora, o que chama a atenção nisso tudo é que no exato dia 4 de março, em que foi divulgado oficialmente o dado do crescimento econômico do Brasil no primeiro ano do governo Bolsonaro, o que faz o presidente: leva um palhaço para a frente da porta do Palácio do Planalto. Um palhaço vestido de Bolsonaro e distribuindo bananas para os jornalistas que lá se encontravam.

Agora, o que eu achei mais interessante nisso tudo é que muita gente da esquerda, muitos democratas, muitos daqueles que fazem oposição ao Bolsonaro, espalharam este vídeo. Mesmo fazendo críticas, mas espalharam.

Ou seja, tudo o que ele queria. Tirar a atenção para o fracasso da sua política econômica. Tirar a atenção para o fracasso do seu próprio governo. E fazer com que todo mundo discutisse o palhaço, porque eu acho que aquilo não é um humorista, é um palhaço sósia do Bolsonaro, na frente do Palhaço do Planalto. 

Ou seja, ele continua utilizando - e aí precisamos reconhecer que muito bem - aquela tática de desviar a atenção. Ou seja, quando algo de ruim relativo ao seu governo vêm à tona, alguma denúncia sobre seu envolvimento e da sua família com as milícias, com as rachadinhas, ou um desastroso desempenho econômico, o que faz Jair Bolsonaro: ele cria um fato para desviar a atenção do principal que é o pífio resultado da política econômica de seu governo. 

Edição: Leandro Melito